Instalações de energia eólica estão paradas no Rio Grande do Norte
Em
uma subestação de uma das empresas, bastaria apertar um botão lá dentro
para gerar energia o suficiente para abastecer uma cidade com até 500
mil habitantes. O problema é que essa geração ainda não tem como sair de
onde estão. Faltam linhas de transmissão para levar a energia até o
sistema interligado nacional. A rede de transmissão que deveria ter sido
construída em janeiro deste ano e, agora, só deve ficar pronta em 2015.
Só que as obras nem começaram e a Companhia Hidrelétrica do São
Francisco, responsável pelas linhas, nem quis comentar.
Enquanto
isso, as indústrias da região sofrem. “No mínimo uma ou duas vezes por
semana tem uma queda de energia. Mesmo que seja meia hora, uma hora, eu
tenho esse problema uma vez por semana”, relata o empresário Luiz Inaldo
Júnior. Em uma indústria de congelados, quatro geradores ajudam a
suprir as falhas no fornecimento de energia. “Você não pode, de maneira
nenhuma, trabalhar no limite de energia, porque congelado é complicado.
Se faltar energia, acabou. Eu tenho que usar os geradores para auxiliar,
se não eu corro risco até de perder os produtos”, conta o também
empresário Antônio Jales.